Segurança em dispositivos em 3 atos: o que vaza, quem invade e como se blindar

segurança em dispositivos

A segurança em dispositivos deveria ser tão óbvia quanto trancar a porta de casa, mas a realidade é bem diferente.

Vamos ver se você passa no teste rápido desta segurança. Responda honestamente:

  • seu roteador ainda usa *admin/senha123*?
  • suas câmeras estão atualizadas?
  • seus dados trafegam criptografados?

Pois é…

Enquanto você lê isso, 57% dos dispositivos IoT estão expostos a falhas críticas (Palo Alto Networks), ou seja, cada aparelho é uma porta de entrada e muitas estão escancaradas. 

Será que o seu é um desses? Se você respondeu na sequência do nosso teste “sim”, “não” e “não”, provavelmente é.

Mas para mudar esse cenário, ao longo deste texto vamos falar sobre como blindar seus equipamentos, entender os riscos reais e aplicar boas práticas para que sua casa digital não vire um playground para invasores.

Segurança em dispositivos

Segurança em dispositivos é o conjunto de práticas que protege celulares, computadores, tablets e aparelhos conectados contra acessos não autorizados.

Ou seja, é sobre blindar tudo que se conecta contra acessos indevidos, espionagem digital e invasões silenciosas.

Para entender melhor a segurança em dispositivos, imagine que sua casa digital tem portas trancadas, certo?

Agora, e se alguém deixasse todas as chaves na maçaneta? Aí, tudo fica em risco, certo?

Foi mais ou menos isso que aconteceu no vazamento de dados da Mars Hydro e LG-LED Solutions em 2025: foram vazados 2,7 bilhões de registros confidenciais.

Estamos falando de 1,17 terabytes de dados sensíveis expostos num banco de dados sem senha ou sem criptografia.

Quase um convite VIP para cibercriminosos. (E sim, “senha123” ainda é pior que deixar a porta aberta.)

Essa brecha abre caminho para sequestros digitais, manipulação remota de luzes, ventiladores e até sistemas de climatização.

E tudo isso sem precisar invadir o dispositivo com força bruta. Basta explorar o que já estava escancarado.

Neste cenário, a segurança em dispositivos existe justamente para evitar erros assim.

O que são dispositivos embarcados e IoT?

Dispositivos embarcados são sistemas dedicados a funções específicas, como controlar um motor ou monitorar sensores, geralmente com poucos recursos computacionais.

Já os dispositivos IoT (Internet das Coisas) são os mesmos sistemas, mas conectados à internet, como câmeras inteligentes ou lâmpadas controladas por app.

E quando falamos de segurança em dispositivos e IoT, em especial, segundo estudo da Palo Alto Networks:

  • 57% deles são altamente vulneráveis, 
  • 98% transmitem dados sem criptografia;
  • 83% usam sistemas operacionais desatualizados.

Ou seja, são alvos perfeitos para invasões, pois sem segurança, essa tecnologia vira uma brecha ambulante para invasões e roubos de dados.

dados sobre segurança em dispositivos

Quais os principais riscos de segurança em dispositivos?

Os principais riscos envolvem acesso não autorizado, atualização de firmware inseguras, malware e botnets e falta de criptografia. 

Entenda mais sobre eles na sequência.

Acesso não autorizado

Quando um dispositivo não exige autenticação forte, qualquer um com um pouco de conhecimento técnico consegue invadir. 

Isso vale para câmeras, roteadores, TVs e até brinquedos conectados. 

E o risco vai além da privacidade, pois um invasor consegue controlar funções, espiar ambientes ou usar o dispositivo como ponte para atacar outros. 

Sem autenticação robusta, o acesso vira passeio. Por isso a segurança em dispositivos é tão importante.

Atualizações de firmware inseguras

Fabricantes lançam patches para corrigir vulnerabilidades, mas se o dispositivo não atualiza automaticamente (ou se o usuário ignora as notificações) ele fica exposto. 

Pior ainda: alguns dispositivos baixam atualizações sem verificação de integridade, o que permite que hackers distribuam firmware malicioso. 

Um sistema desatualizado é como uma fechadura enferrujada, ou seja, fácil de arrombar.

Malware e botnets

Dispositivos vulneráveis são recrutados para redes zumbis (botnets) que executam ataques DDoS, mineração de criptomoedas ou espionagem. 

Muitos malwares exploram senhas fracas ou portas abertas para se infiltrar. 

E uma vez infectados, esses aparelhos podem ser controlados remotamente (e você nem sabe que seu roteador ajuda a derrubar um site.)

Falta de criptografia nas comunicações

Sem criptografia, os dados trafegam como cartas abertas, logo, qualquer um com acesso à rede consegue ler, copiar ou modificar. 

Isso inclui senhas, comandos, informações pessoais e até imagens de câmeras.

É como sussurrar segredos com um megafone. 

A falta de proteção nas trocas de dados compromete toda a segurança dos dispositivos e das redes conectadas.

segurança em dispositivos

Como os ataques a dispositivos acontecem?

Tudo começa com uma brecha, como uma senha fraca, um sistema desatualizado ou um protocolo inseguro.

A partir daí, invasores entram para espionar, sequestrar dados ou tomar o controle.

Entre os tipos mais comuns estão os ataques DDoS (que sobrecarregam servidores), os malwares e os ransomwares, que bloqueiam o sistema e exigem pagamento para liberar.

Uma vez dentro, conseguem roubar dados, sequestrar o dispositivo ou usá-lo como parte de um ataque maior.

Um exemplo clássico de como os ataques a dispositivos acontecem foi o WannaCry, em 2017, que paralisou mais de 230 mil sistemas, entre eles, da Renault, Hospital Sírio-Libanês, Telefônica e Tribunal de Justiça de São Paulo.

Isso foi possível porque o vírus explorava uma falha do Windows corrigida meses antes, mas muitos nunca atualizaram seus sistemas, ou seja, uma grande brecha na segurança em dispositivos.

Como manter meus dispositivos em segurança?

Para manter seus dispositivos em segurança, adote práticas como:

  • use senhas fortes e únicas: crie senhas longas, que misturem letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos, e nunca repita a mesma senha em vários dispositivos ou serviços;
  • mantenha o sistema e firmware atualizados: atualizações corrigem falhas que são exploradas por invasores, então, deixe o recurso de atualização automática ativado ou faça a verificação regularmente. Lembra do WannaCry? A atualização já existia, só faltou aplicar;
  • criptografe dados e comunicações: prefira conexões com HTTPS e redes Wi-Fi protegidas, e se possível, ative a criptografia no armazenamento do dispositivo porque isso evita que seus dados sejam lidos mesmo que caiam em mãos erradas;
  • monitore o tráfego e o comportamento dos dispositivos: se um dispositivo começa a consumir muita banda ou se comportar de forma estranha, desconfie, pois ferramentas de monitoramento ajudam a identificar atividades suspeitas antes que virem problema;
  • desative recursos que você não usa: bluetooth, acesso remoto, microfone, câmera… se não estiver em uso, desligue, pois cada função ativa é uma possível entrada para invasores;
  • evite redes Wi-Fi públicas para tarefas sensíveis: elas são convenientes, mas também caóticas em termos de segurança, portanto, use uma VPN se precisar acessar contas ou serviços importantes fora de casa;

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Conclusão

Hoje vimos que segurança em dispositivos não é opcional, mas sim é necessidade. 

Para resumir o essencial:

  • credenciais fracas são convites para hackers: troque senhas padrão e use autenticação em dois fatores;
  • dispositivos desatualizados são portas abertas: 83% dos IoT rodam sistemas vulneráveis (Palo Alto Networks);
  • falta de criptografia é como gritar seus segredos: 98% dos dispositivos transmitem dados sem proteção;
  • ataques como WannaCry mostram o preço da negligência: atualizações existem por um motivo;
  • monitoramento proativo evita desastres: segmentação de rede e VPNs são seu seguro digital;

A segurança em dispositivos é responsabilidade de todos para garantir um uso tranquilo e seguro da tecnologia conectada.

Afinal, proteger seus dispositivos é proteger sua vida digital.

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